RESUMEN GRUPO DE TRBAJO 85

GT 85. “DESNATURALIZANDO LA NATURALEZA: MOVIMIENTOS SOCIOAMBIENTALES, EXTRACTIVISMO Y CONSTRUCCIONES POSTNEOLIBERALES

Coordinadores:

Dra. Paola Bolados. Instituto de Historia y Ciencias Sociales, Universidad de Valparaíso-Chile; paola.bolados@uv.cl

Dra. Gabriela Merlinsky. Instituto de Investigaciones Gino Germani, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires; merlinsk@retina.ar

 Dra. Izabel Missagia. Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; belmissagia@gmail.com

 

 

Sesión 1

 

 

LA CUESTIÓN AMBIENTAL EN ARGENTINA.  UN BALANCE

 

Gabriela Delamata. Investigadora del CONICET y profesora regular en la Universidad Nacional de San Martín, Argentina; gabrieladelamata@gmail.com

 

El propósito de la ponencia es hacer un balance sobre la evolución de la cuestión ambiental en Argentina durante los últimos años. Se analizará la relación entre conflictos y demandas sociales de contenido ambiental y democracia, tomando distintos ejes: tipos de conflictos, relación a los derechos, instituciones relevantes, regulaciones emergentes, etc. La propuesta está centrada dos tipos de efectos simultáneos: aquellos que la democracia viene produciendo en la construcción de lo ambiental así como las consecuencias que ésta ha tenido en la primera.    

Palabras clave: Ambiente; conflictos y demandas; democracia.

 

 

A NATUREZA DA NATUREZA NAS NARRATIVAS SOBRE “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL" DAS GRANDES EMPRESAS MINERADORAS 

Gabriela Scotto. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais, Instituto de Cs. da Sociedade e Desenvolvimento Regional, UFF (Rio de Janeiro, Brasil); gabriela.scotto@gmail.com

 

A noção de "desenvolvimento sustentável" longe de ser unívoca e ter um significado consensual, alude a campos conceituais e políticos diversos que recobrem representações múltiplas, as quais variam segundo os atores, estratégias e perspectivas em jogo. No caso da sua apropriação discursiva pelas grandes empresas de mineração, o desenvolvimento sustentável é concebido de forma um tanto imprecisa e genérica como “um marco de referência útil para guiar o setor mineral”. Marco referencial que articula discursivamente a atividade econômica da mineração (baseada na exploração de recursos naturais não renováveis), a preservação ambiental, a preocupações sociais (sob a forma de "responsabilidade social") e os chamados "sistemas de governança".

O objetivo do texto consiste em analisar os vídeos institucionais produzidos por empresas de mineração presentes no Norte Fluminense (Anglo American, Vale, Ferrous, INB, dentre os principais). Destinados a um público amplo, a maioria desse material visual produz narrações sobre desenvolvimento sustentável, sobre as contribuições da mineração para a sociedade, ao mesmo tempo em que constroem imagens sobre a natureza e o meio ambiente.

Palavras-chave: natureza, desenvolvimento sustentável, mineração, neoextrativismo, narrativas visuais.

 

 

MANIFESTAÇÕES DE CONFLITOS AMBIENTAIS NO “ATIVISMO PACÍFICO” DE ONGS AMBIENTALISTAS ATRAVÉS DOS SITES

Margarita Rosa Gaviria Mejía. Doutora em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA, RJ); margaritarosagaviria@gmail.com

Jane M. Mazzarino. Docente permanente do Programa de Pós Graduação Ambiente e Desenvolvimento, Univates, Lajeado RS; janemazzarino@gmail.com

Com a rede mundial de computadores e as possibilidades do ambiente virtual, Organizações Não Governamentais (ONGs) como Greenpeace Brasil, SOS Mata Atlântica, Instituto Socioambiental (ISA) e WWF Brasil criam, por meio de seus sites, um espaço de difusão de informações, buscando agendar o debate público. O objetivo do artigo é analisar os posicionamentos destas ONGs quando noticiam conflitos ambientais, assim como os conflitos entre atores sociais derivados do confronto de posições relativas às ações de combate aos problemas ambientais. Através da análise dos discursos dos textos informativos, percebe-se o exercício do “ativismo pacífico” das ONGs, que visa a reforçar o poder dos fragilizados perante o poder hegemônico dos Estados e o poder econômico de organizações capitalistas.

Palavras chave: conflitos ambientais, notícias, Organizações Não Governamentais (ONGs), sites.

 

ANÁLISIS DEL USO DE LAS REDES TRANSNACIONALES DE ORGANIZACIONES INDÍGENAS EN EL MARCO DE CONFLICTOS SOCIOAMBIENTALES

Marcela Paz Herrera. Universidad de Santiago de Chile; marcepazh@gmail.com

La ponencia que se presenta deriva de una investigación doctoral que tuvo como principal objetivo indagar en la conformación y usos de redes transnacionales de organizaciones indígenas en el marco de conflictos provocados por proyectos de desarrollo extractivistas. Se considera que estos conflictos constituyen un lugar privilegiado para el análisis de estas redes porque los recursos que busca extraer preferentemente el capital transnacional, de modo predominante se localizan en territorios donde se han asentado tradicionalmente los pueblos indígenas. Es por consiguiente una realidad compartida por estos pueblos y es cada vez más reiterativa.

La investigación realizada comprendió el análisis de tres casos de conflictos socioambientales: Los conflictos mineros de Tintaya en Perú y de Kori Kollo en Bolivia, y el conflicto petrolero de Sarayaku ubicado en la Amazonía ecuatoriana. Los objetivos específicos del estudio se orientaron a identificar y desentrañar cómo, desde los espacios locales donde emergen estos conflictos se construyen redes supralocales, qué características presentan, y cuáles son sus impactos sobre el devenir del conflicto. Y por otro lado, cómo ha intervenido el componente étnico en estos casos de conflictividad.

Palabras clave: redes transnacionales, indígenas, etnicidad, conflictos socioambientales.

 

DISCREPANCIAS ECONÓMICO TERRITORIALES Y EXTRACTIVISMO

 

Carla René Baldivieso Soruco. Estudiante de Economía. Sociedad Científica de Estudiantes de Economía de la Universidad Autónoma Juan Misael Saracho; carla.baldivieso.s@gmail.com

 

Este artículo toma en consideración a las discrepancias económico territoriales como características de un modelo neoextractivista - como es el adoptado para el departamento de Tarija – en el cual las actividades extractivas no generan los enlaces dinámicos necesarios para lograr un desarrollo adecuado de la economía, no se aseguran enlaces en el consumo y en el ámbito fiscal, no se facilita ni garantiza la transferencia tecnológica y la generación de externalidades a favor de otras ramas de la economía. De esta problemática surge el “carácter de enclave” de las actividades extractivas que genera aislamiento de las mismas del resto de las actividades económicas. Las rentas que producen estas actividades consolidan y profundizan las desigualdades en ingresos, distorsionando la asignación de recursos.

Debido a las condiciones  bajo las cuales operan las empresas transnacionales y a las características tecnológicas de las actividades petroleras, no existe una formación directa del empleo, son muy pocas las personas de la región que pueden integrarse a las plantillas laborales de estas empresas. Adicionalmente se presentan dificultades socio - ambientales deteriorando el medio ambiente natural.

A pesar de la generación desigualdades en el desarrollo y de las relaciones de “colonialismo económico, la concentración económica generada en el departamento de Tarija, es considerada como beneficiosa en el imaginario de la mayor parte de la población tarijeña.

Palabras clave: discrepancias económico territoriales, modelo neoextractivista, carácter de enclave, colonialismo económico, concentración económica.

 

 

Sesión 2

 

 

OS DIREITOS TERRITORIAIS E AMBIENTAIS DOS POVOS INDÍGENAS NA CONTRA MÃO DO DESENVOLVIMENTO E DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS

Senilde Alcantara Guanaes.
 Universidade Federal da Integração Latino Americana; seguanaes@gmail.com

Desde a perspectiva política, em especial em regiões de fronteira, os movimentos indígenas, direta ou indiretamente, desafiam os estados nacionais e a sociedade civil como um todo a repensarem seus padrões de desenvolvimento e crescimento econômico. Para Baines (2001), “faz-se necessário examinar a questão das terras indígenas no Brasil dentro do contexto histórico macro de processos políticos neoliberais a nível internacional”. Ao resistir ao agronegócio e à agroindústria, à construção de grandes empreendimentos em suas terras, ao represamento e à transposição dos rios, de modo a afetar seus modos tradicionais de vida, ao denunciar o uso de venenos e transgênicos, ao impedir a derrubada de florestas, entre outras formas de resistência, os povos indígenas incomodam a sociedade porque tentam frear o avanço predatório, mas altamente lucrativo, dos homens sobre a terra e sobre os recursos naturais. Em contrapartida, os governos locais, que atendem aos interesses das bancadas políticas mais conservadoras e do setor privado e aos modelos de desenvolvimento dos governos nacionais, que têm sido imperativos na defesa do capital, da propriedade privada e do latifúndio, criam e reforçam políticas anti indigenistas que ampliam e aprofundam os conflitos étnicos e territoriais. As políticas desenvolvimentistas têm formalizado e naturalizado processos de expropriação territorial e espoliação dos povos indígenas em todos os países latino-americanos, naturalizando concepções absolutistas de ordem, progresso e desenvolvimento, de modo a justificar as ações genocidas praticadas contra os indígenas em pleno século XXI, sob a conivência do estado "democrático" e à revelia dos direitos constitucionais.

Palavras-chave: Povos indígenas; desenvolvimento; neoliberalismo; estado nacional; sociedade civil.

 

PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO E DESTERRITORIALIZAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS E RURAIS NA CRIAÇÃO DE MUNICIPIOS

Margarita Rosa Gaviria Mejía. Professora do Programa de Pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) no Centro Universitário Univates,.Lajeado, Rio Grande do Sul; margaritarosagaviria@gmail.com

Eduardo Perico. Professora do Programa de Pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) no Centro Universitário Univates, Lajeado, Rio Grande do Sul; perico@univates.br  

Laura Barberi. Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) do Centro Universitário Univates.Lajeado Rio Grande do Sul; laurabo.biologa@gmail.com

Este artigo visa analisar o impacto social do processo de municipalização que atravessa a história do Rio Grande do Sul no Brasil, e se intensifica no final do século XX e início do XXI provocando a diminuição de espaços qualificados de rurais, a ampliação dos urbanos e o aumento de “cidades do interior”. Analisamos aqui como é vivenciado socialmente o processo de territorialização e desterritorialização implícito à municipalização em localidades da Bacia Hidrográfica Rio Forqueta, RS, cujas populações oscilam entre 2.000 a 6.000 habitantes quando adquirem o status de município. Para pensar este processo de recomposição territorial, introduzimos o artigo fazendo referência à mobilidade social em torno do projeto de construção do município e às repercussões sociais da nova estrutura administrativa. E, na sequência, abordamos a identidade com a terra como elemento estruturante das configurações territoriais. Observamos como algumas dessas configurações se sustentam em valores culturais tradicionais, dão continuidade a modo de vida centrado no valor simbólico da terra. Enquanto outras se erigem sob o novo cenário político-municipal, constituído por atores sociais e práticas sociais e culturais que buscam mudanças positivas na qualidade de vida da população em diversas dimensões, com destaque nos serviços públicos de saúde. Destacamos ainda que estes serviços representam um dos principais fatores de atração da migração atual de pessoas vindas de centros urbanos para as cidades do interior estudadas.

Palavras chave: Projeto de municipalização, identidade, terra, rural.

 

“QUALQUER UM É PESCADOR. NÓS SOMOS HOMENS DO MAR” CONFLITO, IDENTIDADE E RESISTÊNCIA NA BAÍA DE GUANABARA-RJ

 

Aline Borghoff Maia. Mestre em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pelo CPDA, Universidade Federal Rural Río Janeiro, Brasil; alineborgh@gmail.com

Os conflitos entre grandes empreendimentos e populações tradicionais deflagrados pela apropriação de territórios e recursos naturais de bem comum pelo grande capital estão na ordem do dia e compõem o cenário de discussões travadas na academia e nos movimentos sociais sobre os impactos da política de desenvolvimento hegemônica em curso no Brasil. Considerando tal contexto, a comunicação proposta tem como objeto o conflito socioambiental deflagrado entre pescadores artesanais e a indústria do petróleo na Baía de Guanabara/Rio de Janeiro. De maneira mais específica, almeja discutir: a) o histórico e as especificidades da atividade pesqueira na bacia hidrográfica; b) a conformação das reações coletivas de oposição aos empreendimentos da Petrobras alocados na região; c) a formação de entidades de representação dos pescadores, especialmente a Associação Homens e Mulheres do Mar (Ahomar); d) a heterogeneidade das estratégias de luta acionadas em defesa do território; e) a repressão violenta contra a categoria pesqueira organizada, que culminou com quatro assassinatos e a inclusão de lideranças ameaçadas de morte no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, do governo federal; e, por fim, f) a relação entre o conflito e a resignificação da identidade dos pescadores artesanais ao longo da trajetória de resistência.  O trabalho é fruto da dissertação de mestrado “Ministério Público, megaempreendimentos e conflitos socioambientais: a atuação no litígio entre pescadores artesanais e a indústria do petróleo na Baía de Guanabara-RJ”, defendida em 2012, pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ).

Palavras-chave: Pesca artesanal; Conflitos socioambientais; Indústria do petróleo; Movimentos sociais; Comunidades tradicionais.

 

 

APANIEKRÁ E RAMKOKAMEKRA-CANELA, SERTANEJOS E AGENTES DO DESENVOLVIMENTO: CONFLITOS TERRITORIAIS E MOVIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NO CENTRO-SUL MARANHENSE

 

Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira. Universidade Federal do Maranhão (Brasil)adrizzo@terra.com.br

 

A Amazônia oriental, em especial o centro-sul do Estado do Maranhão (Brasil), tem sido, nas últimas décadas, objeto de intervenções econômicas decorrentes da implantação de programas e projetos de desenvolvimento regional e local, os quais têm impactado grupos indígenas, pequenos agricultores e criadores locais e provocado profundas mudanças ambientais da região. Essas intervenções levaram à ocupação empresarial de vastas áreas florestais e de cerrado, com a transformação de antigas fazendas de criação extensiva e núcleos sertanejos, em grandes empreendimentos do agro-negócio destinados à produção de soja, algodão e outras comodities. Impactaram, ainda, a organização social e simbólica dos Apaniekrá e Ramkokamekra-Canela (Jê-Timbira), pela imposição da lógica do mercado sobre a sua economia de auto-sustentação. Estes grupos têm elaborado diferentes respostas aos processos vinculados ao desenvolvimento: de um lado, pela emergência de movimentos sócio-religiosos, associados ao “mesianismo canela”. De outro, pela organização destes grupos em associações indígenas, vinculadas à possibilidade de participação em projetos de etnodesenvolvimento implementadospelo Estado e por outros agentes, com o aporte de agências internacionais. A partir de 2004, o governo brasileiro, através de sua agência indigenista deu início à revisão demarcatória das Terras Indígenas Kanela e Porquinhos, com vistas à ampliação destes territórios indígenas, o que levou à intensificação dos conflitos na região. O trabalho aborda conflitos territoriais decorrentes dessas transformações econômicas e socioambientais no centro-sul maranhense, envolvendo os Apaniekrá e Ramkokamekra-Canela, segmentos sertanejos, agências tutelares e de desenvolvimento, e os movimentos sócio-religiosos e associativos vinculados a estes processos.

Palavras-chave: Apaniekrá e Ramkokamekra-Canela; Desenvolvimento Regional e Local; Segmentos Sertanejos; Agro-negócio; messianismo e associativismo indígena.

 

 

 

 

“SE HACE CAMINO AL MARCHAR”: SOBRE LA LUCHA ANTI-REPRESISTA EN MISIONES (ARGENTINA) Y LAS ACCIONES COLECTIVAS PARA LA CONSTRUCCIÓN DE UNA DEMANDA DE PARTICIPACIÓN AL ESTADO”

Laura Andrea Ebenau. Facultad de Humanidades y Cs. Sociales, Programa de Postgrado en Antropología Social- Universidad Nacional de Misiones; lauraebenau@gmail.com

 

A casi dos décadas del histórico plebiscito popular y vinculante sobre el Proyecto hidroeléctrico de Corpus Christi una tradición de lucha anti-represista se fue consolidando en la Provincia de Misiones (Argentina). En la actualidad, un heterogéneo movimiento socioambiental nucleado en la “Mesa Provincial por el no a las represas” cobra un nuevo impulso desarrollando un intenso activismo para oponerse a un modelo energético basado en Proyectos de gran escala (Lins Ribeiro, 1985) y, puntualmente, al postergado Proyecto Binacional de Garabí-Panambí, que los actuales gobiernos de Brasil y Argentina pretenden concretar sobre el río Uruguay.

En este trabajo caracterizo, siguiendo una perspectiva diacrónica, el proceso de formación y desarrollo de una tradición de lucha anti-represista en la Provincia; para luego presentar una descripción etnográfica de las acciones colectivas realizadas por la Mesa Provincial, centrándome especialmente en la llamada “Marcha Provincial por los ríos Libres” que se desarrolló en el mes de septiembre de 2013.

Considerar estos eventos nos permite, en una primera instancia, analizar el proceso de construcción de una demanda de participación al Estado orientada a exigir la realización de un segundo proceso plebiscitario respecto al Proyecto Garabí-Panambí, para luego, discutir algunos aspectos que nos permiten pensar los dilemas y las posibilidades abiertas para la construcción de la llamada ciudadanía ambiental en Misiones.

Palabras claves: movimiento socioambiental; lucha anti-represista; ciudadanía ambiental; Misiones.

 

 

CONFLICTOS MINEROS Y NUEVAS ESTRATEGIAS DE LEGITIMACIÓN EMPRESARIA EN ARGENTINA

Julieta Godfrid. Maestranda en Investigación en Ciencias Sociales (UBA) Instituto de Investigaciones Gino Germani; julietagodfrid@hotmail.com

 

En un contexto de expansión de la mega-minería metalífera en la Argentina, y de creciente conflictividad en torno a las actividades extractivas, varias empresas vienen generando estrategias de construcción de legitimidad para obtener la licencia social que les permita operar territorialmente. El siguiente trabajo se propone pensar la relación entre conflictividad socio-ambiental y estrategias empresarias de legitimación. Concretamente nos preguntamos  qué consecuencias han generado los conflictos socio-ambientales para el desarrollo de los emprendimientos mega-mineros. Y ¿qué nuevas estrategias desarrollan las empresas para enfrentar dichos conflictos? En primer lugar, describiremos brevemente la expansión de la mega-minería en la Argentina para pensar el contexto de emergencia de los conflictos. En segundo lugar, presentaremos el escenario de conflictos socio-ambientales entorno a la mega-minería en el país. Frente a este escenario de conflictos, nos interesa analizar en tercer lugar qué estrategias implementan las empresas mega-mineras para enfrentarlos. Para ello trabajaremos desde una perspectiva cualitativa, concretamente a partir del estudio de caso de la empresa La Alumbrera (Catamarca- Argentina).

Palabras Clave: conflictos-megaminería-extractivismo- estrategias de legitimación.

 

 

EFEITOS DE UMA NOVA FRONTEIRA EXTRATIVA: O CASO MANABI

 

Raquel Oliveira. Pós-Doutoranda UFES; raqueloliveira2002@gmail.com

 

No Brasil, as últimas décadas tem assistido à retomada e multiplicação dos projetos de desenvolvimento destinados à produção do crescimento econômico. Propalados como condição necessária e indispensável para a ampliação da receita pública e a promoção do bem estar social, tais projetos se tornam dispositivos capazes de condensar as reivindicações acerca do Estado e seu papel quanto à gestão das populações.  Na atualidade, essas iniciativas compreendem novos investimentos extrativos associados ao aumento da produção de combustíveis e minerais na América Latina. Particularmente nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, observa-se a multiplicação das intervenções previstas com instalações minerárias, portuárias e ferroviárias. O objetivo desta proposta é examinar os conflitos derivados da atividade minerária e suas intervenções no espaço, investigando os efeitos de uma nova fronteira extrativa sobre as dinâmicas territoriais locais. O caso proposto para a análise é o empreendimento Manabi que consiste na implantação da infraestrutura de extração de minério de ferro, um sistema de dutos para escoamento do mineral (mineroduto Morro do Pilar –Linhares), além de um terminal portuário, designado Porto Norte Capixaba. Ao longo de sua extensão, tal projeto colide com os territórios de comunidades tradicionais, incluindo comunidades negras rurais em Minas Gerais e grupos de pescadores artesanais no litoral do estado do Espírito Santo. O texto procura refletir sobre as “ecologias colidentes” (KIRSCH, 2014) no âmbito dessa fronteira extrativa onde se constituem novos padrões de acesso aos recursos naturais, novas relações de controle sobre o território e novas formas de gestão dos conflitos.

Palavras-chave: desenvolvimento, mineração, conflito.

 

 

Sesión 3:

 

 

EL PARQUE INDUSTRIAL DE VENTANAS EN CHILE Y SU ÁNGEL DE LA HISTORIA

Dr. Nelson Arellano Escudero. Académico de la Universidad Andrés Bello-Chile; nelson.arellano@unab.cl    

 

La lectura tanatopolítica de Giorgio Agamben (Cayuela, 2008) abre una vía de interpretación a fenómenos como la incertidumbre tóxica y el sufrimiento ambiental (Auyero y Swistun, 2006 y 2009) en poblaciones precarizadas (Buttler, 2009).

A través de una observación participante y los datos oficiales de las actividades de participación ciudadana en el marco del Sistema de Evaluación de Impacto Ambiental (SEIA) entre 2005 y 2015 se describen las prácticas del Estado y los mercados en Chile en la relación que la población local tiene con el parque industrial de Ventanas, en las comunas de Quintero y Puchuncaví.

La aproximación, de carácter histórico-cultural (Benjamin, 2012), permite conocer los elementos ideológicos (Geertz, 2003) que actúan sobre las relaciones entre los habitantes de la zona, sus modos de movilización socioambiental y la situación del desastre ambiental -reconocida por el Estado de Chile (Arellano, 2014)- atribuible al extractivismo. El análisis acrecienta la incógnita del por qué a pesar de los riesgos y daños reconocidos la situación se ha mantenido hasta la actualidad desde mediados del siglo XX.

Con esta microhistoria (Ginzburg, 1981) se espera contribuir a la comprensión del problema de la administración de los complejos tecno-institucionales (Unruh, 2000) y su incidencia en la sustentabilidad.

Palabras clave: Extractivismo - Impacto ambiental – participación ciudadana – incertidumbre – microhistoria.

 

 

EL CONFLICTO SOCIO-AMBIENTAL EN EL SECTOR INDUSTRIAL DE VENTANAS: HACIA LA CONSTRUCCIÓN DEL CONCEPTO DE SALUD Y CALIDAD DE VIDA DESDE LA ESCUELA LA GREDA

Romina Adaos.Estudiante de Doctorado Estudios Interdisciplinarios sobre Pensamiento, Cultura y Sociedad. Universidad de Valparaíso, Chile; romina.adaos@gmail.com

 

El Centro Industrial de Ventanas es uno de los polos de desarrollo industrial más grandes de Chile, donde existen no sólo termoeléctricas, refinería y fundición de cobre sino empresas de diversas características (Ministerio del Medioambiente, [MMA, 2014b]). En la zona las consecuencias de la contaminación han estado presentes desde a lo menos 50 años y se han incrementado por la actividad industrial del sector. Por lo cual, la relevancia de este conflicto socio-medioambiental se basa en la discusión en torno a la equidad y justicia porque conviven desde hace décadas con sus consecuencias (Hervé, 2010; Cordero, 2011; Correa, 2012 & DDHH, 2012a). Un caso emblemático ocurre el 2011 en la escuela La Greda donde niños y adultos sufrieron desmayos y mareos producto de una intoxicación por emisiones industriales. Es por ello que la investigación tiene un enfoque cualitativo, que busca explorar las percepciones y cómo construyen los conceptos de Salud y Calidad de Vida en este espacio que se ha transformado en una “zona de sacrificio”. El trabajo problematiza la definición de Salud y Calidad de Vida, establecida por la Organización Mundial de la Salud (OMS), debido a que el capitalismo y neoliberalismo hacen dificultoso que se pueda aplicar integralmente (Baldi & García (2005). Se discute en torno a los conceptos de identidad y permanencia en el territorio como centrales para comprender la dinámica en el Sector de Ventanas. Asimismo, se propone la necesidad de que se construyan instrumentos cuantitativos que den cuenta de forma más ajustada a estos constructos.

Palabras Clave: Calidad de Vida, Salud, Ventanas, Conflicto socio-ambiental, Neoliberalismo.

 

 

CONFLICTOS Y CONTROVERSIAS EN TORNO AL ACCESO AL AGUA EN BUENOS AIRES

Melina Ayelén Tobías. Becaria Doctoral CONICET con sede en el Área de Estudios Urbanos Instituto de Investigaciones Gino Germani (Facultad de Ciencias Sociales- Universidad de Buenos Aires) Argentina; melina.tobias@gmail.com

En las últimas décadas ha tomado importancia dentro de la agenda internacional, nacional y local la noción de derecho humano al agua (DHA). Éste supone, según el Comité de Derechos Económicos, Sociales y Culturales de la Organización de las Naciones Unidas (DESC), el acceso de toda persona a agua suficiente, salubre, aceptable, y asequible para el uso personal y doméstico. Sin embargo, a pesar de la incorporación de este derecho dentro de la normativa nacional y los planes de acción de las empresas proveedoras del servicio, su plena implementación continúa siendo una tarea pendiente en gran parte de la población de los países de América Latina.

En Buenos Aires más del 25% de la población carece del servicio de agua potable, y el 52% de desagües cloacales. La falta del servicio corresponde, en general, a áreas urbanas ubicadas en terrenos bajos y contaminados, con elevados índices de vulnerabilidad social. Esta situación ha llevado a la movilización de vecinos y organizaciones barriales que, a partir de la construcción de un saber propio acerca de la problemática, buscan cuestionar e intervenir en la política pública del sector en el territorio local.

A partir del estudio de caso del Foro Hídrico de Lomas de Zamora, el presente trabajo se propone indagar sobre el modo en que esta organización social logró posicionar, a través de una construcción colectiva del riesgo, el problema hídrico del municipio en el centro de la escena pública, ubicando así las políticas de agua y saneamiento dentro de la agenda gubernamental. En cuanto a la metodología, trabajaremos con entrevistas en profundidad realizadas a miembros de la organización.

Palabras clave: Agua y saneamiento, conflicto ambiental, políticas públicas, organizaciones sociales, gestión integrada del agua.

 

 

 

 

BOSQUES, TERRITORIO Y JUSTICIA AMBIENTAL. UN ANÁLISIS DE LA APLICACIÓN DE LA LEY N° 26.331 EN ARGENTINA

Lorenzo Langbehn, FHCSyS-UNSE ; lorenzolan@hotmail.com

Mariana A. Schmidt, IIGG-FSoc-UBA / CONICET; marianaaschmidt@yahoo.com.ar

 

La expansión de la frontera agropecuaria en la región del Gran Chaco durante las últimas décadas ha ocasionado múltiples conflictos territoriales, que solo en contados casos se articulan como conflictos ambientales. Sin embargo, en Argentina el principal instrumento destinado a regular ese proceso expansivo, la Ley N° 26.331 (“Ley de Bosques”) sancionada en el año 2007, se inscribe dentro del corpus del derecho ambiental. Ahora bien, la misma está concebida desde un enfoque de lo ambiental que pone el acento sobre los procesos biofísicos en los que intervienen los bosques y sobre los “servicios” que éstos brindan a “la sociedad” en su conjunto, más que sobre los derechos ambientales de los habitantes directamente afectados, o de poblaciones específicas como las comunidades indígenas y/o campesinas. Así, no ofrece herramientas para dar cuenta de la dimensión intrínsecamente conflictiva del proceso que viene a regular, lo que redunda en dificultades para su aplicación y en un impacto ambivalente en términos de derechos.

En esta ponencia, a partir del análisis legal, documental y hemerográfico, y de entrevistas realizadas en el marco de nuestras investigaciones doctorales, propondremos una reflexión acerca de la “Ley de Bosques” y de su aplicación en clave de justicia ambiental. Analizaremos para ello la concepción de lo ambiental que opera en la mencionada ley y en las normas que la complementan en algunas provincias del norte argentino, así como en la intervención de la Corte Suprema de Justicia de la Nación en la causa «Salas», referida a los derechos ambientales de las poblaciones indígenas y campesinas del norte de Salta con respecto a la conservación del bosque.

Palabras clave: bosques nativos, conflictos territoriales, justicia ambiental, región chaqueña,  Argentina.

 

 

ENTRE EXPEDIENTES JUDICIALES Y ASAMBLEAS VECINALES: NEGOCIACIONES Y DISPUTAS POR LA RELOCALIZACIÓN DE UNA VILLA DE BUENOS AIRES A PARTIR DE LA CAUSA RIACHUELO

 

Andrés Scharager (IIGG-UBA//CONICET) andres.scharager@gmail.com

 

El fallo de la Corte Suprema de Justicia que en 2006 conminó a la Ciudad de Buenos Aires, la Provincia de Buenos Aires y al Estado Nacional a poner en marcha un plan de saneamiento de la cuenca del río Matanza-Riachuelo desató un sinnúmero de disputas en torno al modo en que estas jurisdicciones convertirían en políticas públicas los objetivos fijados por el Poder Judicial: recomponer el ambiente, prevenir el daño futuro y mejorar la calidad de vida. En particular, la exigencia de vaciar los márgenes del río en pos de abrir un camino ribereño de acceso público y morigerar el riesgo ambiental para quienes allí habitan significó para más de 1300 familias de la Villa 21-24 –situada a las orillas de ese contaminado curso de agua– la orden de ser relocalizadas en condiciones, tiempos y a lugares inciertos.

Lejos de coincidir, la noción de “mejora de la calidad de vida” de las familias distó de aquella de los organismos encargados de la ejecución del fallo. Este trabajo analizará el proceso de inmersión de la vida cotidiana del barrio en un complejo entramado político-jurídico, a partir de lo cual los afectados/beneficiarios comenzaron a tejer redes de relaciones con una serie de agencias estatales y no estatales para incidir en los términos de la implementación de las relocalizaciones. 

Palabras clave: relocalizaciones – judicialización – conflicto urbano-ambiental – villas.

 

 

A ILEGALIDADE E A RESSIGNIFICAÇÃO DA IDENTIDADE NUMA COMUNIDADE DE PESCADORES CAIÇARAS

Berenice Morales Aguilar  Universidade Estadual de Campinas, Brasil; berenice.m.a@gmail.com

 

Desde 1981, o território dos pescadores caiçaras da Vila do Aventureiro ficou dentro da Reserva Biológica da Praia do Sul que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral , restringindo a presença humana e toda atividade extrativista.  Foi a partir de 1990, que e o seu território marino também foi declarado parte do Parque Estadual Marinho do Aventureiro, dentro do qual, se proibia a pesca predatória da comunidade.

Desde então, a população caiçara permaneceu dentro da categoria de “ilegalidade” que as autoridades tinham definido. A criação da unidade de conservação impediu a especulação imobiliária no Aventureiro mas também dificultou a sobrevivência da população, já que  também proibiu  o turismo.

A criação das duas políticas conservacionistas no território da Vila do Aventureiro, gerou que sua população tivesse que enfrentar permanentes conflitos com o Estado e com os ambientalistas do INEA, os quais questionavam sua permanência na área.

Além do que já se descreveu, a Vila do Aventureiro iniciou desde o ano 2010 um novo período de disputas e negociações, que mudou a categoria da unidade de conservação para criar uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS, a qual foi aprovada em maio de 2014.

Neste trabalho me interessa apresentar e analisar o conflito entre os pescadores e as autoridades conservacionistas para entender como é  que os caiçaras do Aventureiro. tem legitimado sua identidade e tem defendido seu território.